Cyberbullying é o assédio covarde organizado por grupos contra uma pessoa e alimentado via internet. Uma pesquisa conduzida com mais de 5000 alunos do ensino fundamental em todo o Brasil revela dados assustadores sobre o uso da internet para a organização de ataques à honra das pessoas. O levantamento feito pela Plan, uma ong presente em 66 países, mostra a extensão do problema nas escolas. Pelo menos um em cada seis estudantes disse aos pesquisadores já ter sofrido agressões sistemáticas e organizadas na rede. A maldade dos agressores é potencialzada pelo cyberbullying, as comunidades virtuais.Os blogs e as correntes de mensagens são áreas de convivência dos adolescentes, locais em que eles se expõem, paqueram e trocam ideias. Ser privado dessa convivência ou pior, ser alvo de ataques dos próprios colegas, ali é devastador.
Conflitos entre crianças e adolescentes fazem parte dessa fase da vida em que afirmação da identidade é crucial. É quando, ainda muito inseguros, os jovens têm enorme dificuldade em lidar com as diferenças. O bullying é justamente a manifestação exacerbada dessa aversão. No grupo das vítimas típicas dessa forma de violência, figuram justamente os novatos na escola, os maus alunos, os tímidos, aqueles com compleição física fora do padrão e, obviamente, os primeiros da classe, alvos preferenciais dos invejosos.
No Brasil, não existem leis destinadas a punir especificamente os autores desses crimes. Os casos geralmente são enquadrados no Código civil como crimes contra a honra, ofensa de natureza semelhante à dos crimes de calúnia e difamação. Nos raros casos julgados no Brasil, as condenações foram apenas pequenas multas para os pais e a prestação de serviços comunitários para jovens menores de 18 anos - reparações claramente desproporcionais aos danos causados.
PARA EVITAR O PIOR NA REDE:
* Orientá-los a não aceitar convite de gente desconhecida nas redes sociais.
* Instruí-los a não expor na internet fotografias nem vídeos pessoais, que podem vir a ser usados em fotomontagens maldosas.
* Monitorar os sites acessados por meio do histórico do navegador. É melhor fazer isso sempre na frente da criança, deixando claro que essa é uma iniciativa em prol da segurança.
* Instalar programas que controlam o acesso a determinados sites, se julgar necessário.
* Dizer ao filho que, caso seja vítima de um agressão on-line, ele deverá relatar o fato à família e denunciá-lo ao site.
* Esclarecer que a internet não é um território sem lei e que o jovem pode ser responsabilizado judicialmente caso poste comentários ou e-mails agressivos.
Os especialistas concordam que cabe à família orientar ou mesmo supervisionar o uso da internet pelos filhos até a adolescência, de modo a evitar que eles se envolvam em situações de perigo.
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