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ZEITGEIST!​!!!


     
ZEITGEIST!!!! 
Palavra alemã para espírito do tempo.

         O escritor americano Nicholas Carr indaga: -"O Google está nos tornando idiotas?".  Ele defende um equilíbrio entre a "montanha de informações do Google e a reflexão em textos profundos e longos.  -"Estamos em permanente movimento mental."  Para Carr, a internet não apenas vicia como emburrece, afirma também que não existem evidências de que, com o amadurecimento da internet e seus usuários, seja impossível ou mesmo remota a hipótese de um refinamento na cultura da superficialidade que hoje domina o mundo digital.
       Já o economista americano Tyler Cowen defende uma sociedade mulitarefas.  -"A internet nos põe em contato com outras pessoas que compartilham os mesmos interesses", afirma.  Cowen acha que não existe nada de dramático ou mesmo de novo na execução de múltiplas atividades.
O que significa, tecnicamente, estar viciado na internet?  Não há consenso de que ficar muito tempo na internet configure vício. Hoje, uma criança em idade escolar tem no computador um aliado para diversas atividades.  A pesquisa na era do Google é extraordinariamente mais rica e mais fácil.  Um estudante com tempo restrito on-line está em franca desvantagem.  Não se pode conceber hoje educação sem internet.
       Uma lógica parecida se aplica aos adultos.  No computador, para citar apenas algumas coisas, você pode saber das notícias, pesquisar, ler livros,ver filmes, conversar com pessoas queridas que estão em outros países e ouvir músicas com vídeo que, em outras circunstâncias, talvez jamais conhecesse. Ler Platão ou Stieg Larsson na tela do computador ou numa mídia impressa é o mesmo.  Nem Platão nem Larsson mudam de um meio para o outro.
       O problema não está exatamente na internet, mas no uso que você faz, ela facilita coisas muito boas e outras muito ruins.  A mesma água que mata a sede pode afogar: assim é a vida.
Aristóteles disse que a virtude está no meio: nem avarento e nem pródigo, nem manso e nem colérico, nem eufórico e nem apático.  A internet, se usada aristotelicamente, sem excesso, mas também sem carência, haverá ela mesma de enterrar os fantasmas e aparecerá com mais clareza como o que realmente é: um passo gigantesco na história da humanidade.

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